ESTA É UMA DAS MELHORES TESES DE DOUTORADO QUE EU ORIENTEI. NEUZA, INFELIZMENTE, JÁ FALECIDA. (ROGEL SAMUEL)
NEUZA MACHADO - DO PENSAMENTO CONTÍNUO À TRANSCENDÊNCIA FORMAL
NMACHADO
RIO
DE JANEIRO
2006
NEUZA
MACHADO
DO PENSAMENTO CONTÍNUO À TRANSCENDÊNCIA
FORMAL
(1a edição)
NMACHADO
Rio de Janeiro - 2006
Ó Neuza Machado
Todos
os direitos reservados e protegidos por lei.
Proibida
a duplicação e/ou reprodução deste volume ou parte dele,
sob
quaisquer meios, sem a autorização expressa da autora e/ou herdeiros diretos.
ISBN 85-904306-1-8
Editor(a)
NEUZA MACHADO
Capa
ALEXANDRE MACHADO
Foto da Capa
Diagramação
ALEXANDRE MACHADO
Revisão
NEUZA MACHADO
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA
FONTE
SNEL – SINDICATO NACIONAL DOS
EDITORES DE LIVROS, RJ
____________________________
Machado,
Neuza, 1946-
Do pensamento contínuo à transcedência
formal. 1. ed. – Rio de Janeiro: NMachado, 2006
Bibliografia e
Notas
1 . Teoria
Literária - Crítica Literária -
Sociologia da Literatura - Filosofia
- Literatura Brasileira
I . Machado, Neuza, 1946-
II .
2006
EDITORA NMACHADO
Rua Ana Silva, 124 / 10 –
jacarepaguá
22740-300 – Rio de Janeiro –
RJ – Brasil
Tel.: (21) 3392 6136 /
Celular: (21) 99965492
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
SUMÁRIO
I -.............. INTRODUÇÃO ............................................................................... 11
II -............. UM SERTÃO INESQUECÍVEL
............................................................. 33
II.1 -............. Sertão: Casa da Infância ......................................... 33
II.2 -............. O Artista e suas Máscaras ...................................... 50
II.3 -............. Sertão: Cenário da
verdadeira representação
do Eu Ficcional do
ArtistA.............................................. 60
II.4 -............. Aprendendo a administrar
Conflitos ........................................................................ 74
Conflitos ........................................................................ 74
II.5 -............. Resgatando Lembranças ......................................... 85
II.6 -............. O Tempo suspenso entre o
antes
e o depois ........................................................................ 93
e o depois ........................................................................ 93
II.7 -............. A Filosofia do Vazio em
contraposição à do Cheio ....................................... 96
contraposição à do Cheio ....................................... 96
II.8 -............. Passagem dos Cogitos ............................................... 104
II.9 -............. O Sonho do Artista: Elo de
Ligação
com o Cogito(4) ............................................................. 127
com o Cogito(4) ............................................................. 127
II.10-............ Psicanálise da Criação ............................................. 132
II.10.1 Da reprodução à autêntica criação ........................................ 132
II.10.2 Uma perspectiva dialética ..................................................... 152
II.10.3 Mudanças no discurso narrativo .......................................... 161
II.10.4 Sob a influência do fogo ...................................................... 169
II.10.5 Da agitação ao conflito ......................................................... 182
II.10.6 O colorido do sertão roseano ............................................... 191
II.10.7 Uma perspectiva maravilhada .............................................. 200
II.10.8 Sertão: sofrimento e conflito ................................................ 210
II.10.9 Os graus da imaginação na obra roseana .............................. 219
II.10.10 A temática
da água .............................................................. 225
II.11-............ Ascensão
ao Concreto .............................................. 244
II.11.1 Uma perspectiva substancial infinita .................................... 244
II.11.2 O narrador perde a vez ......................................................... 255
II.11.3 O elemento Ar: a um passo do infinito ................................. 263
II.11.4 Além do cogito(3) ................................................................ 272
II.11.5 Conclusão:
Recriando o passado .......................................... 282
III -............ CONCLUSÃO ................................................................................. 285
IV -............ BIBLIOGRAFIA .............................................................................. 297
V - NOTAS
....................................................................................................... 301
Quer queira quer não, o romancista revela o fundo de seu ser, ainda que
se cubra literalmente de personagens. Em vão ele se servirá "de uma
realidade" como uma tela. É ele que projeta essa realidade, é ele
sobretudo que a encadeia.
*Gaston
Bachelard
Nasci
no ano de 1908. (...). Minha biografia, sobretudo minha biografia literária,
não deveria ser crucificada em anos. As aventuras não têm princípio nem fim. E
meus livros são aventuras; para mim, são minha maior aventura. Escrevendo,
descubro sempre um novo pedaço de infinito; o momento não conta. Vou revelar um
segredo: creio já ter vivido uma vez. Nesta vida, também fui brasileiro e me
chamava João Guimarães Rosa. Quando escrevo, repito o que vivi antes. E para
estas duas vidas um léxico apenas não me é suficiente.
Nasci em Cordisburgo,
uma cidadezinha não muito interessante, mas para mim, sim, de muita
importância. Além disso, em Minas Gerais, sou mineiro. E isto sim é o
importante, pois quando escrevo, sempre me sinto transportado para esse mundo:
Cordisburgo.
Eu sou antes de mais
nada um "homem do sertão"; e isto não é apenas uma afirmação
biográfica, mas também, e nisto pelo menos eu acredito firmemente, que ele,
esse "homem do sertão", está presente como ponto de partida mais do
que qualquer outra coisa.
Este pequeno mundo do
sertão, este mundo original e cheio de contrastes, é para mim o símbolo, diria
mesmo o modelo de meu universo.
Fui médico, rebelde,
soldado. Foram etapas importantes de minha vida. (...). Estas três experiências
formaram até agora meu mundo interior; e, para que isto não pareça
demasiadamente simples, queria acrescentar que também configuram meu mundo a
diplomacia, o trato com os cavalos, vacas, religiões e idiomas.
É impossível separar
minha biografia de minha obra.
Tudo isto é curioso,
mas o que não é curioso na vida? Não devemos examinar a vida do mesmo modo que
um colecionador de insetos contempla os seus escaravelhos?
**GUIMARÃES ROSA
Ahh, Know this so so great, i'll follow this blog to read more
ResponderExcluirTPR
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